02/08/2007

Historia de São Mateus


Minha viagem começa por São Mateus.
Nesta cidade nasci e vivi boa parte de minha vida, e põem boa nisso.
Para que conheça um pouco sobre a cidade, conto aqui uma pequena historia e a segui exponho algumas fotos.

Pela tradição oral os primeiros colonizadores portugueses chegaram a São Mateus por volta de 1544. Em 1558, Fernão de Sá, filho do governador do Brasil, Mém de Sá, foi morto pelos índios Aymorés, numa histórica e sangrenta batalha pela colonização na confluência do rio Mariricu com o rio Cricaré.

A cidade recebeu o nome de São Mateus pelo fato de ter sido em um dia 21 de setembro (dia do evangelhista Mateus) que o padre José de Anchieta visitou a cidade. Foi Thomé Couceiro de Abreu quem elevou a povoação a categoria de Vila Nova do rio Sam Matheus, em 27 de setembro de 1564.

O Porto de São Mateus teve grande importância no passado, pois nele desembarcaram grande parte dos negros que vieram para o Brasil e foi nele que foi apreendido o último carregamento clandestino na costa brasileira em 1856, quando foi aprisionado na escuna norte-americana na barra de São Mateus com 350 africanos. A Igreja Velha construída na parte alta de São Mateus, no século XIX, foi construída a mando de jesuítas, por escravos negros, a base de argamassa de óleo de baleia e cal.

Atravessar o oceano Atlântico para fixa residência no Brasil, no século XVI, era considerado no mínimo uma loucura. Enfrenta as doenças tropicais, os animais selvagens e os índios não eram coisa fácil. Bem por isso que os primeiros portugueses que Vasco Fernando Coutinho trouxe para sua capitania do Espírito Santo vieram dos Cáceres de Portugal. Eram ladrões, salteadores e assassinos que recebiam perdão dos seus crimes, desde de que viessem para ficar no Brasil. Isso era o que determinava um decreto do Rei Dom João III, em 1534.

Quando aqui chegavam com suas armas de fogo, dominava os índios que se defendiam com armas primitivas – arco e flecha, tacape (lança de madeira) e bordunas (pedaço de pau tipo cacetete). Os índios eram escravizados para o trabalho nos engenhos e suas mulheres eram usadas para suas sevicias e prazeres.

Os índios começaram a entender que aquele povo poderoso estava vindo para ficar e trataram de se defender como podiam, juntando-se até com nações e tribos adversárias.

Vasco Fernandes Coutinho pediu que o Governador Geral o acudisse, senão poderia ser devorado pelos índios. Mem de Sá, recém empossado em Salvador, mandou seu filho Fernão de Sá com seis caravelas e duzentos homens para afugentar os índios.

Quando Fernão de Sá chegou em Porto Seguro recebeu a informação que existiam muitos índios na região da aldeia do Cricaré. Por subestimar a valentia dos índios e por descuido dos soldados, o filho do governado avançou muito na perseguição e ficou sem pólvora. Os índios perceberam e avançaram sobre ele que estava apenas com dez homens. Ele foi morto juntamente com Manuel Álvares e Diogo Álvares, ambos filho de Diogo Álvares Correia, o Caramuru – homem de fogo – e mais três soldados.

A batalha aconteceu em vários pontos da margem do rio Cricaré, inclusive no rio Mariricu (variação da palavra Marerike, que quer dizer fortaleza de pau-a-pique), no inicio do ano de 1558.

Após a morte de Fernão de Sá, juntou-se um grande numero de soldados portugueses que entraram na região do rio Cricaré matando milhares de índios.

Esses episódios se configuram como a primeira derrota dos portugueses na costa brasileira e também como o maior genocídio cometido contra os índios no Brasil.

Depois na Batalha do Cricaré a povoação de São Mateus recebeu mais colonos que foram transformando a povoação numa grande produtora de farinha de mandioca da costa brasileira. Marinheiros de varias partes aqui chegavam trocando facões, machados e pólvora por alimento (principalmente a farinha). Já os mineiros que viviam nos sertões de São Mateus vinham trocar pedras preciosas por armas, pólvora, ferramentas e roupas.

A maior parte dos negros que veio para São Mateus era originária de Angola.(Áffrica). Que eram comercializados no porto da cidade.

Revista São Mateus 450 anos.

7 comentários:

Anônimo disse...

Adoro São Mateus. Já temos a História, agora faltam as fotos.

Anônimo disse...

Amo São Mateus; Isso sim é que é PARAÍSO. Não existe lugar melhor no mundo!!!

Anônimo disse...

OI AMEI O DOCUMENTARIO, FALTA MAIS....

Anônimo disse...

amo sâo mateus mas está presisando
melhorar mais ter mais coisas interesantes nessa cidade. até uns anos atras foi boa mas hoje em dia nâo esta evoluindo e desenvolvendo muito não na minha opiniâo , mas .
quem sabe um dia melhora tenho esperansa.
mas eu amo muito essa cidade de pachâo !

Anônimo disse...

eu naci ecreci em sao mateus meus pais morom ai na minha terra natal.eu amo esse lugar.

rona disse...

amo sao mateus e um dia vou pessoalmente conhecer.

Julio Kleber disse...

Se for possível, coloque uma gravação da música Luar de São Mateus, você deve conseguir com alguém da Lira Mateense, estou longe da terrinha e gostaria de ouvir de novo.